me fere. Vivo daquilo que, apesar de me entorpecer, é o que mais me
fortalece. Faço morada no "apesar de tudo".
Sou tão pequena, mas não me alcanço. É que eu tenho um viver tão maiúsculo. Sou
tão , na verdade, que ninguém desconfia. Mas, também, sou tão leve e tão
desavisada, que me encaixei, devagarzinho, no amor de alguém. Logo eu que
achava que amar é fácil, quase não me
lembrava sobre todo o torpor que o desatar dos afetos causa na gente. Será que
você pode, por favor, me olhar nos olhos e me resgatar desse engano?
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