o quanto eu finja ou diga pra mim mesma que esta tudo bem. Quando se
começa alguma coisa sem segundas intenções e se deixa envolver pelo momento, já
era. Nunca imaginei que conhecendo mais os defeitos do que as qualidades, mais
as coisas ruins do que as boas, fosse possível se apegar a alguém, mesmo tendo
absoluta certeza de que esse alguém não te merece, e mesmo assim...
E
agora, a realidade conflitante daquilo que eu deveria fazer, aquilo que eu
quero fazer e aquilo que realmente é me atinge em cheio, e dói. Dói saber que
me faz falta falar com alguém que se tornou importante, dói relembrar e pensar
em tudo o que aconteceu e saber que não posso voltar e mudar nada. Dói ver que
aceitei tudo o que eu sempre abominei, fiz o que nunca imaginei fazer e que fiz,
obviamente faria tudo de novo. As vezes fazer coisas proibidas faz bem. Mas o
que me incomoda mesmo é a apatia, é a falta de preocupação, é o maldito “não ir
falar”.
É
complicado saber que o grau de importância que se da a uma determinada pessoa
não é o mesmo que se recebe, que a necessidade de conversar é diferente, essa
despreocupação, essa maldita indiferença que faz com que eu me sinta como se eu
nunca tivesse existido. Não sei ate que ponto eu misturo as coisas que eu
imagino de pior e as que eu espero de melhor se confrontam. Já nem sei mais se
o que eu penso agora é o que eu realmente penso da situação toda no geral. Mas
sei que no meio de toda essa situação conflitante e confusa, existe uma
garotinha completamente perdida em seus próprios sentimentos sem saber o que
fazer, sem ter um chão ou um porto seguro para enfrentar as situações que ela
mesma se colocou. Existe alguém esperando atitudes que jamais serão tomadas,
esperado noticias que jamais serão informadas, e principalmente, esperando por
alguém que jamais virá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário